'Antes de começar gostaria de dizer que estou muito lisonjeado em poder falar em uma casa cristã e aonde reina a democracia. ' Com essa frase ácida e (desnecessário dizer) extremamente irônica proferida pelo Tiago Ferreira (!) os alunos graduandos e alguns já graduados em História começaram a apresentar seus TCCs no evento realizado ontem (27/04) à noite na câmara dos vereadores de Bebedouro. Muitas teses foram apresentadas em diferentes áreas da História, e foram pautadas, na maioria, em uma visão marxista da história e com temas muito interessantes.
Apesar do local incomodo em que sentei para assistir a solenidade (ao lado do escritório do PSDB, fato que não passou despercebido, como eu gostaria, pelo Professor Tito) foi muito agradável presenciar o que foi, a nosso ver, uma verdadeira “invasão” de marxistas naquele antro liberal.
Sob os olhares um tanto espantados dos senhores vereadores, representantes do vergonhoso DEM e do PT – e fico muito feliz em não me lembrar seus nomes – alguns temas como a exploração dos trabalhadores, mais-valia, desemprego, dominação, organização trabalhista, alienação da classe operária, cultura e lazer, etc... foram abordados.
Não posso deixar de falar do sistema de gravação e edição das imagens, pois no momento em que o nosso camarada “Dedé” foi à frente expor-nos seu trabalho o operador (ou sei lá como se chama quem trabalha na edição e corte das gravações) responsável pelas imagens lançadas no telão principal ficava “cortando” o Dedé e mostrando o público, fato que não ocorreu quando outros alunos foram à frente. Estranho, não? Por que não mostraram no telão somente o Dedé? Para quem não o conhece e como título de informação o Dedé foi o único aluno negro a falar na noite de ontem. Revoltas à parte, e apesar dessa ressalva, foi muito importante e instrutiva (especialmente para quem, como eu, está no 1º ano de História) a apresentação dos nossos colegas e a oportunidade de ver que métodos eles utilizaram para desenvolver seus trabalhos.
Quase ia me esquecendo de comentar: o poder de concentração do professor Romano é realmente impressionante, enquanto os alunos expunham seus trabalhos, ele gesticulava e falava baixinho consigo mesmo, o que é bom, pois demonstra a atenção que, assim como a Zezé e o Tito, estava dando aos alunos que falaram. Por falar no Romano, ele pode ser excêntrico à vontade, pois está com crédito depois de “colocar no chinelo” o tal do delegado do velho oeste que queria prender a própria mãe. Aguardemos a contribuição prometida por ele ao nosso humilde blog e vamos convidar mais professores. Em breve vou começar a postar os trabalhos dos alunos do 1º ano, me parece que teve muita coisa boa!
Saudações Socialistas
Diego Ferreira
