sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Chove em Santiago

Ontem à noite meu irmão, eu e o Gledson falavamos acerca dos acontecimentos que derrubaram o único governo socialista que chegara ao poder pela democracia "burguesa".
A algum tempo atrás fiz uma resenha do filme "Chove em Santiago" e resolvi postar aqui no blog.



Abraços à Todos.

Chove em Santiago (Il Pleut sur Santiago)

Resenha crítico informativo

A carga dramática exposto no filme é o ponto chave da sua produção, que soube retratar um fato histórico muito coerentemente. Nós como historiadores, deveríamos nos sentir alegres pelo filme, já que este não apresenta cenas de ficção, seu único intuito é denunciar o abuso contra um governo democrático de cunho socialista por parte de parcelas da sociedade, que jogou o povo contra o governo, a fim de, descaracteriza-lo.

O governo Allende no Chile eleito em 1970 incumbiu uma grande nacionalização das empresas estrangeiras, além de reforma agrária. Melhorando dessa forma significativamente as condições de vida da sociedade e indo contra o capitalismo nacional e internacional, que em contrapartida apreende um boicote em todo o país financiando setores da sociedade para entrarem em greve, como é o caso dos caminhoneiros. O intuito desses empresários e parte do alto escalão do exército seria a saída do presidente, e para isso não mediram esforços, os golpes mais sujos foram utilizados como tática. Em seu último discurso Allende nos da conta dessa traição e golpes sujos:

(...) o almirante Merino, que se autodesignou comandante da Armada, e o senhor Mendoza, general rastejante que ainda ontem manifestara sua fidelidade e lealdade ao Governo, e que também se autodenominou diretor geral dos carabineros.

Através desse boicote imposto pela burguesia, capital estrangeiro e exército, começará a faltar produtos básicos para a população, dessa forma, principalmente a classe média vai começar a reprovar o governo.

A ajuda norte americana nesse turbilhão de acontecimentos foi cabal para a situação crítica e de miséria Chilena, que culminou em 11 de setembro de 1973 na queda de Allende, com o apoio da CIA e dos governos ditadores americanos.

Um fato curioso do filme diz respeito ao momento da invasão dos militares na sede do governo, ao mesmo tempo grande parte da Burguesia estava assistindo a derrota de Allende em um chique hotel ao lado do Palácio de la Moneda. A todo o momento as risadas de alegria eram contracenadas pela frivolidade recheada de caviar e champangne.

Outro fato essencial para o filme foi à veracidade no qual retrata a resistência de Allende e de seus lutares que não se entregaram passivamente, em seu discurso sua vontade fica evidente: “Diante destes fatos só me cabe dizer aos trabalhadores: Não vou renunciar! Colocado numa encruzilhada histórica, pagarei com minha vida a lealdade ao povo.” Ultrapassando dessa forma os limites da ideologia, deixando claro que não sairia do prédio pelo bem comum da população.

Bibliografia:

Helio Souto, Il Pleut sur Santiago, 110min.1975.

Tiago José Ferreira

quarta-feira, 22 de agosto de 2007


Meta de vida???
Está resumida ae as pretensões de realizações individuais dos integrantes da Turma de História...
Agora, quanto às pretensões coletivas: temos um mundo a ganhar!

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

leiam

" As pulgas sonham com comprar um cão, e os ninguéns com deixar a pobreza, que em algum dia mágico a sorte chova de repente, que chova a boa sorte a cântaros; mas a boa sorte não chove ontem, nem hoje, nem amanhã, nem nunca, nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte, por mais que os ninguéns a chamem e mesmo que a mão esquerda coce, ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura.
Os ninguéns: os filhos de ninguém, os donos de nada.
Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos:
Que não são, embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos.
Que não praticam religiões, praticam superstiçoes.
Que não fazem arte, fazem artezanato.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não tem cultura, têm folclore.
Que não tem cara, tem braços.
Que não tem nome, têm número.
Que não aparecem na história universal, aparecem nas páginas policiais da imprensa local.
Os ninguéns, que custam menos que a bala que os mata. "
(Eduardo Galeano)






texto encontrado no blog da elzinha formada em historia pela fafibe

Jovem Comunista, por Cheg Guevara

Quero formular agora, companheiros, qual é a minha opiniom, a visom de um dirigente nacional das ORI, do que é que deve ser um jovem comunista, a ver se estivermos de acordo todos.
Eu acho que o primeiro que deve caracterizar um jovem comunista é a honra que sente por ser um jovem comunista. Essa honra que o leva a mostrar perante todo o mundo a sua condiçom de jovem comunista, que nom o vira para a clandestinidade, que nom o reduz a fórmulas, mas que o exprime a cada momento, que lhe sai do espírito, que tem interesse em demonstrá-lo porque é o seu símbolo de orgulho.
Junto disso, um grande sentido do dever para a sociedade que estamos a construir, com os nossos semelhantes como seres humanos e com todos os homens do mundo. Isso é algo que deve caracterizar o jovem comunista. Ao pé disso, umha grande sensibilidade ante todos os problemas, grande sensibilidade face à injustiça. Espírito inconforme cada vez que surge algo que está mal, tenha-o dito quem o dixer. Pôr em questom todo o que nom se perceber. Discutir e pedir aclaraçom do que nom estiver claro. Declarar a guerra ao formalismo, a todos os tipos de formalismo. Estar sempre aberto para receber as novas experiências, para conformar a grande experiência da humanidade, que leva muitos anos a avançar pola senda do socialismo, às condiçons concretas do nosso país, às realidades que existem em Cuba. E pensar -todos e cada um- como irmos mudando a realidade, como irmos melhorando-a.
O jovem comunista deve tentar ser sempre o primeiro em tudo, luitar por ser o primeiro, e sentir-se incomodado quando em algo ocupa outro lugar. Luitar sempre por melhorar, por ser o primeiro. Claro que nom todos podem ser o primeiro, mas sim estar entre os primeiros, no grupo de vanguarda. Ser um exemplo vivo, ser o espelho onde podam olhar-se os homens e mulheres de idade mais avançada que perdêrom certo entusiasmo juvenil, que perdêrom a fé na vida e que ante o estímulo do exemplo reagem sempre bem. Eis outra tarefa dos jovens comunistas.
Junto disso, um grande espírito de sacrifício, um espírito de sacrifício nom apenas para as jornadas heróicas, mas para todo o momento. Sacrificar-se para ajudar o companheiro nas pequenas tarefas e que poda cumprir o seu trabalho, para que poda cumprir com o seu dever no colégio, no estudo, para que poda melhorar de qualquer maneira. Estar sempre atento a toda a massa humana que o rodeia.
Quer dizer: apresenta-se a todo jovem comunista a tarefa de ser essencialmente humano, ser tam humano que se aproxime ao melhor do humano, purificar o melhor do homem por meio do trabalho, do estudo, do exercício de solidariedade continuada com o povo e com todos os povos do mundo, desenvolver ao máximo a sensibilidade até se sentir angustiado quando um homem é assassinado em qualquer canto do mundo e para se sentir entusiasmado quando em algum canto do mundo se alça umha nova bandeira de liberdade.
O jovem comunista nom pode estar limitado polas fronteiras de um território, o jovem comunista deve praticar o internacionalismo proletário e senti-lo como cousa de seu. Lembrar-se, como devemos lembrar-nos nós, aspirantes a comunistas cá em Cuba, que somos um exemplo real e palpável para toda a nossa América, para outros países do mundo que luitam também noutros continentes pola sua liberdade, contra o colonialismo, contra o neocolonialismo, contra o imperialismo, contra todas as formas de opressom dos sistemas injustos. Lembrar sempre que somos um facho acesso, que somos o mesmo espelho que cada um de nós individualmente é para o povo de Cuba, e somos esse espelho para que se olhem nele os povos da América, os povos do mundo oprimido -que luitam pola sua liberdade. E devemos ser dignos desse exemplo. Em todo o momento e a toda a hora ser dignos desse exemplos.
Isso é o que nós julgamos que deve ser um jovem comunista. E se se nos dixesse que somos quase uns románticos, que somos uns idealistas inveterados, que estamos a pensar em cousas impossíveis, e que nom se pode atingir da massa de um povo que seja quase um arquétipo humano, nós temos de contestar, umha e mil vezes, que sim, que sim se pode, que estamos no certo, que todo o povo pode ir avançando, ir liquidando intransigentemente todos aqueles que ficarem atrás, que nom forem capazes de marcharem ao ritmo a que marcha a revoluçom cubana. Tem de ser assim, deve ser assim, e assim é que será, companheiros, será assim, porque vocês som jovens comunistas, criadores da sociedade perfeita, seres humanos destinados a viver num mundo novo de onde terá desaparecido de vez todo o caduco, todo o velho, todo o que representar a sociedade cujas bases acabam de ser destruídas.
Para atingirmos isso cumpre trabalhar todos os dias. Trabalhar no senso interno de aperfeiçoamento, de aumento dos conhecimentos de aumento da compreensom do mundo que nos rodeia. Inquirir e pesquisar e conhecer bem o porquê das cousas e colocar sempre os grandes problemas da Humanidade como problemas próprios.
Dessarte, num momento dado, num dia qualquer do anos que venhem -após passarmos muitos sacrifícios, sim, depois de termo-nos porventura visto muitas vezes à beira da destruiçom- após termos porventura visto como as nossas fábricas som destruídas e de tê-las reconstruído de novo, depois de assistirmos ao assassinato, à matança de muitos de nós e de reconstruirmos o que for destruído, ao fim de isso tudo, um dia qualquer, quase sem repararmos, teremos criado, junto dos outros povos do mundo, a sociedade comunista, o nosso ideal.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

NOVOS VIDEOS

Amigos, temos novos videos aqui no blog, que podem ser conferidos logo ao lado direito da página.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Plebiscito 2007



Camaradas, depois de certo tempo sem escrever aqui, volto por um motivo muito importante, devemos nos unir agora em uma empreitada enorme, aonde necessitaremos nos unir com pessoas que não possuem, estritamente o mesmo alinhamento político nosso, ou seja, devemos nos unir com algumas parcelas de centro - esquerda, para dessa forma atingirmos nosso objetivo.

Em setembro será realizado um plebiscito reunindo várias entidades, porém serão confeccionadas duas cédulas: uma com quatro perguntas e outra com uma pergunta apenas (exigência da CUT e do PCdoB) . A cédula com quatro perguntas serão utilizadas pela Conlutas, pelas Pastorais Sociais, Grito dos Excluídos, MST, Intersindical, MAB, e demais setores que participam da Assembléia Popular.

As quatro perguntas da cédula serão: reforma da Previdência, a reestatização da Vale do Rio Doce, o pagamento das dívidas interna e externa e o custo das tarifas de energia elétrica.

Enquanto a cédula do PC do B e da CUT só terá uma pergunta sobre a reestatização da Vale do Rio Doce. Entendemos que os problemas enfrentados pelos trabalhadores, atualmente no Brasil são inúmeros e não somente um como querem nos ludibriar a CUT e o PC do B.

Por isso o nosso alinhamento ideológico deve confluir a esperarmos a cédula com quatro perguntas, no entanto devemos mostrar para todos (mesmo aqueles ligados a setores mais conservadores) a importância da cédula com quatro perguntas.

Devemos ter claro que a intenção da CUT, UNE e PC do B de proteger o governo a todo custo, não deu certo e mais uma vez os trabalhadores vão dar prova de sua capacidade de luta contra as reformas do governo.

Portanto, devemos organizar reuniões e seminários a fim de esclarecer as pessoas acerca desses ataques para derrotarmos as Reformas.

Desde já agradeço a todos e todas.

Abraços Revolucionários

Tiago Ferreira