quinta-feira, 10 de maio de 2007

O direito da mulher sobre o seu próprio corpo

A posição reacionária de alguns setores da igreja católica ludibriam a população com a falsa argumentação do direito a vida.

"(...) Quando esses setores dizem defender a vida, desprezam completamente as milhares de mortes das mulheres trabalhadoras que ocorrem todos os anos, pois o aborto já é “legal” para as mulheres ricas que o fazem em condições seguras, pagando até R$ 5 mil. Para as trabalhadoras e pobres restam a morte, a prisão e as seqüelas.Esse desprezo pelas mulheres é ainda mais claro quando partimos da imensidão de mulheres pobres e doentes que, na sociedade capitalista, são destruídas econômica e fisicamente por engravidarem demais."
Ao defender o direito à vida, é necessário assegurar todas as condições para que as mulheres que optarem por ter um filho possam exercer a maternidade: assistência médica gratuita, creche, escola, trabalho com salário digno, etc. Sem isso, a defesa da vida contra o direito das mulheres decidirem sobre ter ou não ter filhos é hipócrita.
(...)

A criminalização do aborto tem como vítimas as mulheres trabalhadoras e pobres, que são parte do setor que mais sofre com a retirada de direitos e os ataques através das reformas do governo Lula. Não temos qualquer confiança nesse governo e sabemos que só conquistaremos a legalização do aborto se os trabalhadores assumirem essa luta como parte do seu programa.

Ana Minutti e Carol Rodrigues, da Secretaria Nacional de Mulheres do PSTU

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